SCANDAL e seu escandaloso sucesso

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Uma ex-consultora de mídia do Presidente, Olivia Pope (Kerry Washington) dedica sua vida a proteger e defender as imagens públicas da elite americana, resolvendo problemas antes que o mundo saiba que eles já existiram. Depois de deixar a Casa Branca, ela abre sua própria empresa, na esperança de iniciar um novo capítulo – tanto profissionalmente como pessoalmente – mas ela parece não conseguir cortar completamente os laços com seu passado.

Os novos gladiadores.

Sucesso entre a crítica americana, Scandal é a nova série da ABC, com assinatura de Shonda Rhimes, conhecida por criar Grey’s Anatomy e Private Practice. Como tudo que envolve o nome de Rhimes, a produção estreia gerando muita expectativa.

Desde o primeiro episódio que assisti, tive aquele feeling de que essa série iria ser boa o bastante para criar aquele “apego”. A série tem uma mistura de suspense, romance e ação que te envolvem e prendem na trama. Uma série instigante. Personagens interessantes e bem construídos. Histórias sólidas e cheias de reviravoltas. A segunda temporada provou que sim, Scandal é tudo isso. E muito mais.

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Eu quero a cabeça dele no fogo. Eu quero vê-la queimar.
Serei extremista: não há chance de assistir Scandal e não amar, não se ver envolvido nas tramas de caráter dúbio e se pegar – inúmeras vezes, diga-se de passagem – torcendo para o “vilão” ou recriminando os “mocinhos”. Scandal hipnotiza. Vicia. E digo isso com a propriedade de quem levou apenas 3 dias para assistir a temporada inteira.

A primeira temporada nos deixou com uma indagação: quem seria Quinn Perkins e porque Olivia Pope moveu céus e terra para ajudá-la? Quem imaginaria que o presidente sofreria um atentado tão cedo? Aliás, quem cogitou que o presidente não havia sido legitimamente eleito? Quem suspeitou que a explosão da Cytron nada mais era do que uma tentativa de encobrir os eventos de Defiance? A segunda temporada mandou essa dúvida para longe. Mas, mais do que responder essa questão, nos envolveu em múltiplas tramas de fraude à eleição, traições das mais variadas, lealdade cega, espionagem, tortura, assassinatos.


Shonda Rhimes nos envolveu completamente. A premissa de é mostrar os bastidores de uma empresa que faz gerenciamento de crise. São, em grande parte, advogados, hackers e investigadores, que descobrem modos de provar que seus clientes, todos com uma imagem a zelar, não são os monstros pintados pelas situações bizarras em que se encontram.

Desconheço seriado atualmente em exibição com mais reviravolta que Scandal. E isso faz com que todos os episódios da temporada tenham sido excelentes, já que a trama toda foi muito bem costurada. As questões eram respondidas na mesma medida que iam surgindo, com ótimas viagens ao passado, através de flashback, que não só explicavam a trama mas também o porquê das decisões dos personagens. Tudo isso para chegar em uma final completamente mind blowing e repleta de teorias.

Estou decepcionado com você. Você tem sido uma menina má e eu preciso saber exatamente o que você andou fazer. Mas antes de começar, eu preciso dizer que sinto muito. Eu sinto muito, porque eu vou gostar disso. Eu vou te machucar e vou amar isso.
E se as tramas são ótimas (tanto o arco central quanto os casos defendido pelos Gladiadores), pode se dizer ainda mais dos personagens de Scandal. A crueza da constituição de caráter apavora. Mas cativa. Ninguém no seriado é bom ou mau. Todos são amáveis e odiáveis, talvez na mesma medida. E nos pegamos torcendo por uma mocinha que passa por cima dos interesses de seus melhores amigos para esconder seus crimes. Torcendo por um casal que trai, reiteradas vezes. Compreendendo traições, e torcendo para que nem tudo seja o que aparenta ser. Torcendo para que a fraude eleitoral permaneça encoberta e para que o presidente assassino continue no cargo. E mais, seja reeleito.
Eu não quero algo normal , fácil e simples. Eu quero que seja doloroso, difícil, devastador, que mude a minha vida. Eu quero um amor extraordinário.
E não é só de Rhymes o mérito pela construção dos personagens. O elenco de Scandal é ótimo e esteve afiadíssimo nessa segunda temporada. Destaque para Kerry Washington, que consegue transmitir perfeitamente a dor que Olivia carrega na alma; Guillermo Diaz, que faz com que tenhamos vontade de colocar Huck no colo a cada episódio; Jeff Perry, que faz com que Cyrus seja amado e odiado na mesma medida; Bellamy Young, que faz de Mellie um dos personagens mais críveis no ar atualmente; e Tony Goldwyn, que além de assumir um ar imponente que nos faz acreditar que ele é mesmo o presidente, tem pegada.

O final da terceira também deixou algumas questões importantes para serem respondidas. Dessa vez, menos ligadas à Defiance, já que o cartão de memória foi destruído; e mais ligadas à Olivia Pope.
Nós somos gladiadores de ternos.
Na terceira temporada, torcemos pelo retorno de alguns casais, já que agora David recuperou sua vida (perdoa a Abby, David!). Por novos casais (qual é, alguém ainda pensa que Huck e Quinn não são almas-gêmeas?). Para descobrirmos mais sobre o passado de Harrison. Para que Huck encontre o filho. Para que Jake saia são e salvo do buraco. Torcemos demais!
Eu não sou a garota com quem o cara fica no final do filme. Eu não sou uma fantasia. Se você me quer, me ganhe!
Ah, e é claro, temos Fitz e Olivia em mais uma tentativa de permanecer separados – e certamente, recheada de escapadelas para os armários da casa branca.

Mas todas essas grandes emoções iremos retomar na quarta temporada que esteirou essa semana.


No Netflix, você já tem várias temporadas e pode assistir na hora que quiser e aonde quiser. A desvantagem é que o Netflix tem uma assinatura mensal. Algo em torno de R$15. Pra mim vale a pena, porque além de série você tem milhares de filmes pra assistir ali. A sua mensalidade do Netflix te permite ver pelo computador ou pela Apple TV. Se você tiver uma Smart TV com acesso a rede wifi, você também pode usá-la para assistir.

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