Broken Prince - Erin Watt

De brigas secretas em cais e rixas na escola a destruição de vidas dentro de mansões reluzentes, um rapaz tenta salvar a si próprio.

A REALEZA VAI ARRUINAR VOCÊ…

Reed Royal tem tudo—aparência, status, dinheiro. As garotas em sua escola privada fazem fila para sair com ele, os garotos querem ser ele, mas Reed nunca deu importância para nada fora sua família até Ella Harper entrar em sua vida.

O que começou como um ressentimento aquecido e necessidade para fazer o novo prêmio de seu pai sofrer se transformou em algo completamente diferente—manter Ella por perto. Mas quando um erro idiota a leva para longe dos braços de Reed e traz o caos para a mansão Royal, o mundo de Reed começa a desabar ao seu redor.

Ella não o quer mais. Ela diz que eles só vão destruir um ao outro.

ELA TALVEZ ESTEJA CERTA.

Segredos. Traições. Inimizades. É algo com que Reed nunca enfrentou antes, e se ele quiser ganhar sua princesa de volta, ele precisará provar que é realmente digno.

Eu ainda não sei direito o que aconteceu. Após ler a última linha de BROKEN PRINCE, eu só conseguia pensar que as autoras do primeiro livro foram trancafiadas em alguma mansão da Beyonce e outra pessoa escreveu isso aqui.

Não entra na minha cabeça que tenha algum toque da minha diva Elle Kennedy nesse livro. Ou cada uma das autoras escreveu um livro inteiro, ou algo realmente grave aconteceu com as inspirações delas.

No primeiro livro, Ella é uma jovem determinada a sobreviver, e estava fazendo o que fosse necessário para isso. Então, seu mundo é virado de cabeça para baixo quando é jogada em um universo enfeitado por luxo, ouro, diamantes e pessoas milionárias. As agressões feitas na escola podiam ser meio forçadas, mas a nossa protagonista aguentou a barra pesada com o queixo erguido.

Foram atitudes e uma garra admirável para uma mera adolescente.

Os irmãos Royals são a grande chave de toda a trama. Eles são a nítida imagem de uma família rica e poderosa que vive das aparências, e quando olhado mais de perto, você pode ver como cada um deles está apodrecendo por dentro. Não importa o quanto de dinheiro você tenha, sem uma base familiar forte e segura, você não é nada.

O primeiro livro tem uma trama instigante e um desenvolvimento que vai seduzindo o leitor na magia desse universo e fazendo leves sugestões de enredos como Beleza Americana, Segundas Intenções e Gossip Girl.

Até aí, eu estava surtando pelo livro dois. Porque estava CRENTE que as coisas iam ganhar mais gás, mais força, e com reviravoltas que iriam fazer o meu corpo inteiro arrepiar.

É... eu acabei batendo a cara na parede e ainda estou jogada na sarjeta de desilusão.

Após Ella fugir da casa dos Royals em consequência de uma desilusão amorosa, o leitor fica naquela expectativa de querer saber: “Onde está Ella? E agora? O que vai acontecer com todos os irmãos? Reed será perdoado?”.

Pois bem... Assim que iniciamos a leitura, temos Reed narrando os acontecimentos e oferecendo uma visão mais aprofundada do que realmente acontece dentro das paredes da mansão. Você acaba entendendo melhor porque cada um deles é tão fodido da cabeça. Mas a grande questão que me incomodou demais, é que todos os personagens perderam sua essência. É como se eu estivesse lendo um livro que mantivesse os mesmos nomes, mas com pessoas diferentes.

Reed perdeu completamente a sua imagem de garoto rebelde, bad boy, e tão poderoso que fosse quase inatingível. Aquela aura que faria o Mar Vermelho se abrir para ele passar. Eu não espero grandes coisas de um adolescente, mas, no mínimo, um pouco de inteligência e caráter cairia muito bem. Foi preciso só o pior e mais clichê dos problemas de todas as histórias do mundo dos romances bater na cara dele, que o cara congelou e enfiou o rabo entre as pernas, aceitando as condições estabelecidas sem pestanejar.

Errou? Assuma.
Queria se vingar? Admita.
As consequências são pesadas demais? Aguente.

Easton era o meu personagem favorito. Dinâmico, irônico, carente, quebrado. Ele foi apresentado com uma certa vulnerabilidade que me fazia ansiar loucamente por seu final feliz. Porém, no segundo livro, ele se manteve exatamente igual, e isso acabou gerando reações bastante controvérsias para mim. Ele se tornou algo pedante, entediante e sem vida. Era apenas sexo, sexo, sexo, álcool, e mais sexo, como se ele não esperasse mais nada na vida.

Os irmãos sabiam que o cara estava no fundo do poço, o pai via o filho se destruindo, e Ella sabia que Easton tinha sérios problemas de dependência, e NINGUÉM FAZIA PORCARIA NENHUMA. Em momento algum alguém pegou o rapaz pelo braço e disse: “Está tudo uma merda. Eu estou me afundando nela com você, então vamos resolver todos os nossos problemas e sair disso juntos. Você não está sozinho”.

Apenas ignoravam as merdas do Easton porque cada um era egoísta o suficiente para pensar em suas próprias dores e como se sentiam culpados pela morte da mãe.

WTF?

Os gêmeos, eu sinceramente não sei o que estão fazendo ali. Se for apenas para florear a trama com seu romance de troca-troca com a mesma menina, okay. Mas é tão vazio quanto a autora descrever a queda de uma folha na árvore: Não acrescenta em absolutamente nada.

Gideon é apenas o irmão mais velho que se fodeu sozinho. O cara tem mais experiência, tecnicamente deveria ser o mais inteligente também, tem nome, dinheiro, poder e contatos, e apenas se submeteu a ser subornado por uma tarada filha da puta e se vender como um escravo sexual para que a vaca da mulher não destruísse a imagem da jovem que ele amava.

E nessas horas eu me perguntava: ONDE ESTÁ O CARALHO DO PAI DESSES MENINOS?

Então, vinha a resposta: Aceitando se casar com a ex-namorada oportunista que se diz grávida de um dos filhos dele!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Tipo... SÉRIO???????

Se você é um Royal, SEJA A PORRA DE UM ROYAL!

A história INTEIRA foi um absurdo sem sentido.

Quando Callum não precisava agir como o Poderoso Chefão, ele dava um SHOW de influência e poder. Assim como Reed e sua necessidade de socar e ameaçar as pessoas que mexiam com quem ele amava. Mas quando eles precisavam REALMENTE assumir essa postura, tudo desmoronava e se transformavam em um bando de cachorrinhos abandonados que seguiam as ordens de DUAS GOLPISTAS que poderiam, facilmente, desaparecer do mapa com um estalar de dedos.

É como se as autoras estivessem querendo dizer: Os Royals foram fodões quando estavam juntos, mas com problemas separados, eles não são nada.

Sinceramente, até posso entender o sentido disso, mas, ao mesmo tempo, toda a força prepotente que eles demonstraram no primeiro livro foi extinta para dar lugar a enrolação, enrolação e mais enrolação.

Callum intimidou um – fucking – juiz, e fez outro cara importante quase se mijar nas calças, e ele não consegue controlar uma mulher que está dando o golpe da barriga? CADÊ O EXAME DE DNA??? Precisou de quase 300 páginas de enrolação pro cara achar novamente as próprias bolas e fazer isso!

Em determinado momento, eu não conseguia mais ler nada que envolvesse a Ella. A garota simplesmente tornou-se insuportável. Não havia mais pensamentos sarcásticos, tiradas hilárias ou aquela coragem de ferro que ela tinha em sua espinha quando as coisas ficavam complicadas. Ela foi engolida completamente nesse mundo mentiroso e frágil dos Royals e permitiu ser consumida por isso.

O amor pode ser cego, mas ele precisava torná-la tão burra e imatura?

O que foram aquelas cenas na escola? Quando Ella precisava ser FORTE, ela sucumbia a própria fraqueza e deixava que Brooke ou Dinah a provocassem cruelmente, e quando ela podia resolver as coisas de forma mais madura, ela simplesmente vestia a armadura de Xena e tacava o terror. Foi como ver uma raposa atacando um bando de ovelhas!

Isso não mostra garra, apenas revela o quanto você precisa inferiorizar alguém mais fraco para sentir-se bem.

Essa premissa de que “Os Royals vão arruinar você”, é puro marketing. Só lendo o livro que você entende que as únicas pessoas arruinadas, são eles mesmos com seus dilemas e suspeitas patéticas.

E por que dei 3 estrelas, em vez de 1? Porque ainda irei ler o terceiro livro. A última linha desse romance quase fez meus olhos saltarem. Eu podia esperar o golpe da gravidez, mas não AQUILO que as autoras prepararam. E porque eu quero ver o Reed finalmente tirar o V-card da Ella. Vai ter tantas preliminares assim no cacete da Cochinchina!

Finalizei a leitura sabendo que não posso confiar em nada. Tudo o que é dito entre os personagens precisa ser analisado, porque sempre há algo a mais por trás disso. Mais mentiras, mais segredos, mais ressentimentos, mais ódio.

BROKEN PRINCE foi uma total decepção, e realmente espero que o desfecho final dessa trilogia faça desaparecer todo esse meu ressentimento.