[RESENHA] A Guardiã - Laís Lacet

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Aether, um reino antigo, o berço da magia. Lugar que já passou por inúmeras batalhas. Porém, a maior delas permanece um mistério: a Grande Tempestade, ou na língua antiga, o Ezjah, responsável por unificar os doze reinos.

Oito anos antes, a princesa de Khaye é prometida ao poderoso rei de Fargih como parte de um acordo de paz. Alva não sabe o que lhe espera, mas suas escolhas mudarão o rumo da própria história.


No ano de 1792, após o Ezjah, Delilah recebe uma notícia trágica. Seus pais, os duques de Khaye, estão mortos. Sua vida está prestes a mudar. Os mil e oitocentos anos que a separam da princesa são uma ilusão. O destino está para se repetir; ainda que com novos personagens.

O passado não está morto, ele se enlaça com o presente, trazendo uma nova batalha.

Cada escolha é capaz de mudar o futuro. O tempo é impiedoso, porém, há quem seja ainda mais.

Mágico e belo do começo ao fim.


Sabe quando um livro é lindo em todos os sentidos? Desde a capa (incrível, por sinal!), a diagramação, as palavras, as histórias, as narrativas, os personagens. Tudo aqui foi feito com bastante carinho e beleza. E o resultado é uma ótima e tocante fantasia, daquelas que a gente ama.


"Sempre é possível recomeçar."

Em A Guardiã, primeiro livro da duologia As Relíquias de Aether, é narrada a história de um reino onde magia e tecnologia caminham lado a lado. Somos apresentados a duas histórias intercaladas. No plano presente, conhecemos Delilah, uma arcanista que abandonou a nobreza e partiu em busca de uma vida de aprendizado nas artes da magia.

No passado, lemos os diários da Rainha de Fargih, forçada a casar com um tirano, cuja fúria e força destrói tudo e a todos. Em princípio, tratam-se apenas de memórias perdidas no tempo, mas aos poucos os planos tomam forma e as narrativas se unem com perfeição. Duas belas histórias em um único livro.


"Ele não é gentil, como tantas vezes ouvi dizer que os reis eram. Não há prazer nessa noite e estou certa de que não haverá nas próximas."

A escrita da Laís é bastante envolvente e você consegue distinguir com clareza o plano presente do passado, por serem narrativas distintas, mesclando o tom de suas protagonistas, tão diferentes e ao mesmo tempo tão semelhantes.

 O plano dos diários é realmente tocante e muito bonito, com reviravoltas a todo momento, e me lembrou bastante de Estilhaça-me, com um misto de A Rainha Vermelha e Sombra e Ossos (três séries/trilogias excelentes, recomendo todas!).

Um ótimo livro e mal posso esperar pela continuação!

Recomendo! 💜

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1 comentários

  1. Não sei se é só comigo mas ando achando difícil encontrar bons livros de fantasia recentemente. É muito mais fácil encontrar distopias. Mas esse me chamou bem atenção (e confesso que muito pela capa). E esse negócio de duas histórias, passado e presente, se fundido foi o outro ponto. Acho que vou dar uma considerada nesse ;)

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